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Aravena

Arimatéia Souza

Bida

Carlos Bracher

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Cecconi

Claudio Dantas

Claudio Souza Pinto

Clayton Silva

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Dante Barbosa

Diego Rodrigues

Dnar Rocha

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Ferracioli

Ferreira

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Paulo de Carvalho

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Vagner Aniceto

Valdonês

Waldomiro de Deus

Waldomiro Sant´ Anna

Walmir Binhotti









OUTRAS OBRAS DE CLAUDIO SOUZA PINTO





The Lunch


Jaguar


Blue Bike

Cor, humor, criatividade e refinamento nas pinturas que Claudio Souza Pinto

"Não somos o que realmente queremos ser, e sim o que a sociedade nos impõe.... o teatro da vida"

Para o artista, a vida é um grande teatro. Como parte dele, as pinturas revelam os sentimentos do ser humano sob as Máscaras do Cotidiano. As vestes coloridas, traçadas com boa dose de sensibilidade e humor, representam os sentimentos. Ao invés de rostos, máscaras. Ao invés de corpos, comportamentos são evidenciados. É nesse contexto que foram criadas as obras de Claudio Souza Pinto.
O que você diria disso? O que você acharia ao ver alguém andando por aí com uma máscara no rosto e, ao se aproximar, percebesse que atrás da máscara não há nada? Nem rosto nem cara nem cabeça nem coisa alguma?
Como é o ser humano quando "tira a roupa"? Como é você quando não tem ninguém olhando? Você existe? Você é de verdade? Ou por trás das aparências, dessas aparências que você mostra às pessoas, você também não é ninguém?
Os quadros de Cláudio Souza Pinto são assim. Não há nada além de roupas, chapéus, sapatos, máscaras. Não há nada dentro das roupas, chapéus, sapatos, máscaras. Ele pinta muitíssimo bem os gestos, os movimentos, os trejeitos, os volumes corporais e as posturas ... de ninguém. Nos quadros dele os seres humanos são ilustres desconhecidos. Só se sabe das suas aparências. Dos seus movimentos visíveis. Há todo um vasto teatro nesses quadros, há inúmeros personagens, há uma série de representações cada qual mais socialmente conhecida e mais culturalmente comum, e no entanto não há ninguém. Os atores não existem. Só os personagens. As pessoas não estão lá. Como se já tivessem ido embora quando Cláudio as pintou, ou como se ainda não tivessem chegado.
As telas de óleo sobre linho - o próprio artista confecciona a tela - são inéditas e têm dimensões que variam entre 100 x 80 cm e 180 x 90 cm. Nesse universo, Claudio apresenta as pinturas, frutos de uma linguagem que "conversa" ou "brinca" com o observador. O forte contraste entre as cores evidencia a harmonia e a profundidade das obras, característica que mexe com os sentimentos de quem as vê.
"Pinto as vestes do ser humano pois a sociedade só dá valor à aparência. Só que estas camuflam sentimentos", conceitua o artista. Para ele, as máscaras são mais do que frutos da criatividade. Elas são as situações que todo mundo enfrenta. "Todos nós temos diferentes máscaras de comportamento, que surgem de acordo com a ocasião", diz.
A crítica às regras ditadas pela sociedade, que valoriza as pessoas pelo o que elas têm e não pelo que pensam ou fazem, recebe também um tratamento bem humorado e poético. "Caracterizo minhas telas como sendo de grande sensibilidade, leveza e alegria, mensagens que todos podem compreender", comenta sobre as figuras que atentam para situações corriqueiras, que resultam de sentimentos como amor, fracasso e dor.
Após passar as idéias para a tela, ele decide as cores que utilizará. "Não me preocupo em combiná-las, quero que elas vibrem apenas", explica sobre a escolha que nada tem a ver com os padrões estéticos convencionados. "Nas roupas também mistura muitas estampas", acrescenta.


Para falar de amor

O paulistano Claudio Souza Pinto, que desde menino demonstrava a habilidade para desenhar e desenvolver outros tipos de atividades artísticas, fez sua primeira tela aos 11 anos de idade.
Formado em Desenho Industrial, cria sua pintura sem orientação de terceiros, apesar de não deixar de citar o surrealismo e as obras de Da Vinci e Bosh como grande influência na carreira.
Suas telas, que segundo ele falam, sobretudo, do amor, de sentimentos que ele busca para alegrar a vida das pessoas, já são conhecidas nos círculos artísticos e intelectuais de Paris.
Ele foi convidado, em 1997, para expor no Salão de Outono, maior salão de arte europeu, que fica em Paris, resultado de uma escolha feita entre cerca de oito mil artistas de todo o mundo. "Comecei a expor meu trabalho em Paris, onde tive oportunidade de fazer várias mostras em lugares diferenciados. Lá, a cultura da arte está muito presente na vida das pessoas", testemunha.
Já no Brasil, assegura, as pessoas estão começando a olhar um pouco para tal segmento. "É um país jovem...precisamos de mais incentivos", alega o pintor-poeta-humorista.
As três características foram concedidas ao artista pôr profissionais de Paris. Sua obra encanta nomes como Yves Bayard, arquiteto que projetou o Museu Nacional de Arte Contemporânea de Nice, e Jacques Bral, diretor de cinema premiado no tradicional festival de Cannes.
Segundo eles, as telas de Claudio se utilizam de um realismo fantástico, em que se discute a evolução, a melancolia e o amor. Tristeza ou alegria, independente da essência, o homem está sempre presente, mesmo que seja em estado de espírito.
Para Bral, o estilo do artista é facilmente reconhecido. Já Bayard conclui: "Sua pintura me impressiona pela liberdade. É um grande mestre a serviço da alegria de viver".


Dons natos

Apesar de elevar a pintura à principal categoria de sua produção, Claudio Souza Pinto também desenvolve esculturas, ilustrações, peças de designs e maquetes, além de fotografar.
Aos quatro anos, incentivado pelo tio, o pintor Bernardo Cid de Souza Pinto, ele começou a modelar em argila. Autodidata, ele vendia as obras quando entrou na Universidade Mackenzie.
Sua trajetória tomou rumo decisivo em 1990, quando o francês Alan Aouizerate, colecionador de arte, encantou-se com o seu trabalho. De imediato Claudio foi convidado a expor no Le Bains e no Ópera de Paris. Adquiriu respeito no circuito e há oito anos passou a viver entre França e Brasil.